segunda-feira, 27 de novembro de 2006

"O Rural", afinal podemos todos conversar

A “1ª conversa” já aconteceu! Foi no passado dia 23 de Novembro, na Sala de Actos, que chegou a estar quase cheia. Várias dezenas de pessoas passaram por lá e muitas delas participaram activamente no debate. O rural, que vai sendo, estranhamente (ou talvez não...), uma realidade relativamente distante para a maioria da comunidade escolar no ISA foi, desta vez, o mote.

A discussão, organizada em duas mesas, foi lançada por oradores de diferentes proveniências (científicas, nomeadamente), mas cujas preocupações passam pelo estudo do mundo rural: o Prof. Oliveira Baptista (que falou, entre outras coisas, sobre os percursos e as mudanças no rural); o Prof. Orlando Rodrigues, do Instituto Politécnico de Bragança (que partilhou as suas reflexões sobre a questão do abandono); o Prof. Castro Caldas (que introduziu a temática do desenvolvimento, no âmbito dos territórios rurais); e o Prof. Luís Moreno, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e dirigente da ANIMAR (que falou no movimento associativo para o desenvolvimento local e no quadro institucional em que ele se desenvolve).

Fez-se, portanto, aquilo que se vai dizendo ser “muito difícil”: juntar alunos, professores, funcionários e até pessoas que nada têm a ver com o ISA para “sair da sala de aulas” e pensar em conjunto sobre temas que dizem respeito a todos.

Quem por lá passou sentiu que estamos perante esta urgência. Foi talvez por isso que muitas pessoas – na mesa e na plateia – gastaram algum do seu tempo a falar em muros. Não aqueles que delimitam os terrenos agrícolas, definindo a propriedade. Mas aqueles que, simbolicamente, vão sendo levantados na Escola, no seu interior e na sua relação com a realidade quotidiana.

No final, alguém dizia que “hoje abriu-se finalmente uma janela para um diálogo entre as pessoas no ISA”. O ]MOVE[, desde o seu aparecimento, sempre buscou esse objectivo. Continuaremos, com as nossas possibilidades, a fazer esse caminho. Sabemos que nunca será possível – nem faria sentido – fazê-lo sozinhos. É esta a dimensão da nossa abertura.

A “2ª conversa” deste ciclo está já agendada para o próximo dia 6 de Dezembro e terá como tema as “Agriculturas”, onde pretendemos discutir as “Agriculturas no mundo, desigualdade, pobreza e SIDA” e ainda “Que agriculturas para o futuro?”. Iniciaremos brevemente a sua divulgação e contamos com a presença de todos.

Jornal MovementO especial
"O Rural"



















Esta Edição Especial do MovementO, apresenta textos do
Prof. José Portela (U.T.A.D.), Prof. Fernando Oliveira Baptista (I.S.A), Prof. Orlando Rodrigues (Instituto Politécnico de Bragança), Tiago Gillot (aluno de Eng. Agronómica). Os Textos incidem na caracterização e perspectivas de futuro para "O Rural".


sábado, 18 de novembro de 2006

O Rural

conversas entre ciência e a sociedade

23 Qui. Novembro
14h Sala de Actos (I.S.A)














O ]MOVE[ nasceu com a determinação de responder ao desafio inadiável de contribuir para mudar a vida na Escola. Queremos ajudar a trazer o quotidiano para dentro da faculdade, juntando pessoas para pensar sobre ele.

É por isto que decidimos fazer algo que é, infelizmente, cada vez menos vulgar: discutir ciência fora das aulas e procurar as suas relações com as vidas – onde ela não pode ser apenas um dado adquirido ou um simples conceito plasmado num livro que é preciso estudar para o próximo exame.
É assim que arriscamos organizar um conjunto de "conversas entre a ciência e a sociedade".

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Debate sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez
Mais uma vez, a prova de que o quotidiano pode e deve chegar à Escola


No passado dia 9 de Novembro, decorreu um debate no ISA em torno da questão da interrupção voluntária da gravidez, promovido pelo ]MOVE[. A razão para o termos organizado é óbvia: será em breve marcado um referendo que perguntará ao País se quer ou não alterar o actual quadro legal, que criminaliza esta prática.

O debate foi lançado pela Dra. Margarida Neto (Federação Portuguesa pela Vida) e pela Mara Carvalho (Médicos pela Escolha). Várias dezenas de pessoas estiveram presentes nesta conversa, muitas vezes acalorada, durante mais de 2 horas!

Foi um momento para ouvir os argumentos das posições que disputam o referendo. Mas, sobretudo, este debate permitiu a participação de muitas pessoas, que provaram ter opinião e coisas para dizer. Afinal, vale a pena tentar: quando existem oportunidades para discutir coisas que dizem respeito ao quotidiano das pessoas, elas aparecem e participam.

Continuamos empenhados em contribuir para quebrar as barreiras artificiais entre a Escola e o resto do mundo. A Escola é feita de pessoas, não apenas de "alunos", "professores" ou "funcionários". É por isso que nos sobra ainda energia para recusar as "inevitabilidades", para juntar pessoas e arriscar pensar e agir sobre o quotidiano, para colocar questões à Escola, aos seus movimentos ou à realidade "fora dos muros" (que também está cá dentro).

Não demoraremos certamente muito tempo a organizar mais propostas de debate. A participação e a vontade dão-nos força para continuar. Até breve.

sábado, 4 de novembro de 2006

Debate no ISA, referendo sobre a despenalização
da Interrupção Voluntária da Gravidez