terça-feira, 27 de novembro de 2007

Circo Eleitoral

O email que se segue andou a circular nas mailing lists do IST, trata das listas de estudantes candidatas à Assembleia Estatutária que irá rever os novos estatutos da UTL (a eleição realizar-se-á dia 29 de Novembro, quinta-feira).
O ]movE[ apoia a Lista A (os supostos anti-praxe, logo comunistas) e publica também a sua resposta.


O email da Paula Mendes:

"Caros Colegas,

Venho apelar ao vosso voto no dia 29 de Novembro (5ºFeira)

Existem duas listas opostas, Lista A (constituída na sua maioria por anti-praxes (comunistas)) e a Lista B (representantes das várias faculdades da UTL).

Estas votações tem por objectivo, eleger os três representantes para que possam elaborar, com professores, funcionários e reitor os novos estatutos da UTL. Para isto, é de todo o interesse ter os três lugares preenchidos por alunos que apoiem e defendam os direitos de todos nós.

Para que os três alunos possam pertencer à Lista B, isto é, que não entrem representantes da lista A, a Lista B terá de obter o triplo dos votos.

Para atingirmos este objectivo, apelo ao voto de todos.

Quem tiver amigos ou colegas em outras faculdades pertencentes à UTL, "convença-os" a ir votar na quinta-feira.

As urnas serão colocadas no Pavilhão de Civil, por volta das 9h às 18h.

Todos juntos vamos conseguir algo melhor.

Beijos,

Paula Mendes

Para mais esclarecimentos
Tlm: 917454522
964815420"


A resposta por parte da lista A:

Olá a todas e a todos!

Tal como vocês, recebemos este mail. Mas não directamente da Paula Mendes.

E como a Paula (deduzimos) é bastante desatenta e não teve o cuidado de omitir a vasta lista de mails com quem comunicou, podemos também utilizá-la para comunicar convosco. (Obrigada, Paula!)


De facto, é importante que os estudantes percebam a importância de participar nas decisões de construção das suas Escolas. Neste sentido, é importante que TAMBÉM vão votar no dia 29 de Novembro.

E digo "TAMBÉM" porque a construção da Escola não passa simplesmente por votar e esperar que o resto do mundo avance sozinho. A construção da Escola faz-se de ideias partilhadas, de questões novas, de buscas de coisas que transformam o passado em presente. Mais do que a inércia da cruz no papel dobrado em quatro, é preciso voltar a fazer com que as paredes, as salas e os corredores da Escola sejam espaços construídos por quem dá sentido à Escola: os estudantes, os professores e os funcionários.


E o que tem isto a ver com o RJIES?

O RJIES é a maior transformação no Ensino Superior Público das últimas décadas (curiosamente, as poucas décadas em que existiu Ensino Superior Público). E esta transformação foi feita num tempo record (talvez seja mais uma tentativa bem portuguesa de ter mais uma entrada no livro do Guiness) e por poucas pessoas ilustres do PS.


Mas enquanto os dirigentes das AAEE, que se dizem representar os estudantes, estavam em ENDA's ou a falar com os deputados dos seus partidos, não estavam a comunicar nem a informar os estudantes nas suas escolas.


Os debates que foram surgindo sobre o tema foram, maioritariamente, organizados pelos movimentos de estudantes que foram surgindo em várias faculdades (e não pelos "representantes dos estudantes"). Foram estes movimentos que procuraram partilhar com os estudantes o que é o RJIES e recolheram mais de 5000 assinaturas numa semana para que a lei fosse mais do que um "capricho" do Governo (e não ficaram à espera que alguém se lembrasse e viesse perguntar).

Em muitas universidades não foi discutido o RJIES em nenhuma RGA. Ainda hoje há quem não saiba o que é o RJIES.


Curiosamente, o mail que a Paula assinou é mais uma fuga ao essencial. Quando é importante que as pessoas saibam o que significa este novo Regime Jurídico e o que ele implica nas suas Escolas, a Paula escolhe, em nome da Lista B, fazer campanha "suja" e nomear-nos «anti-praxe (comunistas)».
Não somos sectários e queremos fazer as coisas com o máximo de pessoas possível: procuramos consensos e não abandonamos as reuniões quando há opiniões diferentes (como fizeram alguns representantes de AAEE numa reunião que pretendia preparar uma acção contra o RJIES).

Só para terminar, gostavamos de dizer que as coisas só são possíveis quando se faz para que o sejam. E quero dizer com isto que só existe um futuro pré-determinado se desistirmos de fazer o que quer que seja; as escolhas são feitas a cada momento e é a disputa de ideias que transforma (ou não) o passado em presente.


Nós não temos o discurso derrotado de quem não fez tudo o que era possível, nem achamos que temos que minimizar os males. Nós procuramos construir com as pessoas (e não com as elites do poder) um futuro que conquista mais liberdades e não perde as conquistas do passado.

O RJIES é um grande passo para acabar com o Ensino Superior Público. Não fazer tudo para garantir que as gerações futuras tenham acesso ao Ensino Superior é optar pelo caminho das derrotas.

Temos que trabalhar, em conjunto, por uma Escola construída por nós e não por "personalidades externas" que a vêem como uma empresa; por uma Escola realmente Pública em que seja possível a partilha e não a competição ridícula e cega.


Queres construir o teu futuro ou preferes que o façam por ti?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Manifestação no Politécnico de Viseu

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Estudantes falam em "ilegalidades e falta de estratégia" no estabelecimento.
Algumas dezenas de alunos do Instituto Politécnico de Viseu juntaram-se hoje numa manifestação. Os estudantes estão preocupados e indignados com o que consideram ser ilegalidades cometidas por parte da presidência do instituto.


No protesto estiveram cerca de 60 estudantes do Politécnico de Viseu, que tem mais de seis mil alunos. De acordo com alunos, o instituto está a viver uma grave crise institucional e recordam que a 14 de Abril deste ano deveriam ter sido marcadas eleições para a presidência. E realçam que tal só aconteceu recentemente após intervenção do ministro do Ensino Superior. Por isso, dizem, o Instituto está a perder credibilidade institucional. Alexandre Santos, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia, explicou que a reunião do conselho geral "é ilegal", porque João Pedro Barros, que a convocou, já acabou o seu mandato de presidente do IPV em Abril. Avisou que, por isso, os estudantes irão "contestar todas as decisões que sejam tomadas hoje", por não as considerarem legítimas, e exigiu que "se proceda às eleições o mais rapidamente possível". Já o presidente do estabelecimento do ensino rejeita todas as acusações.

notícia completa aqui (SIC)

domingo, 25 de novembro de 2007

Contra cimeira África-Europa

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Terzy Gtuszek/Poland


7 a 9 Dezembro


Alternativas às actuais relações entre África e a Europa

(Espaço de discussão paralelo à cimeira oficial de Lisboa, a 8 e 9 de Dezembro)



Organizações promotoras: AJPaz - Acção para a Justiça e Paz, ATTAC-Portugal, Bacalhoeiro-Colectivo Cultural, GAIA, Khapaz, Solidariedade Imigrante, SOS-Racismo (em articulação com organizações portuguesas, europeias e africanas visando uma dimensão euro-africana)




Proposta de programa



Sexta, 7

Iniciativas culturais em pontos descentralizados da cidade de Lisboa, para divulgação e envolvimento na acção. Serão organizadas pelas associações de carácter cultural que queiram envolver-se, com propostas como cinema, música, teatro, poesia, etc.



Sábado, 8

Manhã: 10h-12h – Debates e
workshops temáticos por proposta de grupos ou organizações

Tarde: Debates centrais (três eixos temáticos)

14h30 – Eixo 1 - Ecologia, recursos naturais e soberania alimentar
14h30 – Eixo 2 - Imigração
17h30 – Eixo 3 - Desenvolvimento económico
(Possibilidade de introdução de um eixo sobre os direitos humanos)


Domingo, 9

10h-12h – Reuniões de movimentos e redes

14h00 – Acção de rua

A FARPA na Escola Superior de Comunicação Social

Manifesto d'a FARPA



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Ø Somos um grupo não oficial de estudantes da ESCS

Ø Somos um grupo de reflexão, debate e acção

Ø Somos um grupo aberto a todos os estudantes da ESCS e funcionamos numa estrutura horizontal, sem hierarquias.

Ø Somos um grupo apartidário

Ø Defendemos a participação activa e crítica dos estudantes na escola e na sociedade

Ø Defendemos uma escola que forme não só profissionais mas também cidadãos conscientes

Ø Defendemos um ensino para todos

sábado, 24 de novembro de 2007

Campanha Tagus


O movimento Panteras Rosa apoia a campanha da cerveja TAGUS para a juventude hetero, lançada hoje em
http://www.orgulhohetero.com/ .

Aqui lançamos uma campanha paralela de complemento à mesma, com um apelo à imaginação.



[03.jpg]

ORGULHO LÉSBICO, GAY, BI, TRANS, QUEER
Orgulho de Quê?



Nós, lésbicas, gays, bisexuais, transgéneros (LGBT) e outr@s rebeldes sexuais, temos orgulho de enfrentar as consequências de não escondermos a nossa identidade sexual ou de género. Temos orgulho de termos sobrevivido à nossa orientação sexual ou identidade de género fora da norma numa sociedade que nos condena ao silêncio e à vergonha (muit@s não sobreviveram). Nas nossas marchas, celebramos o orgulho de quem recusa a carga moral de culpabilidade que nos é imposta, quando seria tão fácil continuarmos a esconder os nossos desejos e apenas fingirmos “ser normais”.



Não estamos orgulhosos da nossa orientação sexual, deixamos isso – e quaisquer definições de “normalidade” – para heterossexuais homofóbicos. Temos orgulho, sim, de escolhermos vivê-la, mesmo quando isso faz de nós alvos de discriminação e violência. Temos orgulho por oposição à vergonha. Temos orgulho nas lutas de longo prazo que tant@s travaram e travam contra a criminalização ou medicalização das nossas identidades e pela construção árdua dos nossos movimentos sociais.



Temos orgulho na força, no esforço, nos sacrifícios que tantas pessoas LGBT assumiram ao longo da História para sair do armário e exigir dignidade. Temos orgulho na imensa variedade das nossas expressões e formas de expressão. O orgulho LGBT é necessário como o “black is beautiful” foi necessário nos anos 60 norte-americanos: como então, muit@s de nós continuamos a sentir culpa, vergonha e auto-depreciação por aquilo que somos. Sem orgulho, as novas gerações LGBT em tantos países estariam condenadas à mesma existência clandestina que os seus predecessores combateram. No processo da sua auto-descoberta, muitas gerações têm tido, pela primeira vez, a possibilidade de crescerem como LGBT com referências positivas do que isso significa, e com menos referências negativas.



Nenhum outro motivo senão Orgulho motivou a histórica revolta de Stonewall - na origem do actual movimento lgbt -, quando o desejo de dignidade se traduziu em resistência à violência policial. Quando a nossa vida pessoal condiciona os nossos direitos cívicos, deixa de ser “privada” e torna-se “política”. E precisamos de ser visíveis hoje para que amanhã não tenhamos necessidade disso, quando as pessoas deixarem de ser definidas com base na sua identidade sexual ou de género.



“Dar a cara” continua, infelizmente, a ter consequências negativas. Mas é mesmo por isso que é preciso que cada vez mais gente saia do armário ou, pelo menos, se envolva com o associativismo LGBT: para inverter essa situação injusta. Para que um dia “dar a cara” seja tão natural como lavar os dentes e seja tão banal que não acarrete discriminação.



A homofobia é um sistema político na sociedade que temos.

Orgulho e activismo, armas contra a violência homofóbica e transfóbica e a sua promoção!
ORGULHO É PROTESTO!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tudo começa numa Semente,

Ricardo Vicente/Portugal


essa semente dá origem a uma planta, que por sua vez dá origem a um ou vários orgãos comestiveis que alimentam populações e criam dentro e entre estas as mais diversas interacções sociais e económicas. Foi esta semente que possibilitou a fixação das populações dando origem ás primeiras civilizações e possibilitando o seu crescimento. Seguindo o caminho traçado pela natureza, esta semente deu origem a uma planta que deu frutos e deixou sementes para assegurar as gerações futuras. Estas sementes foram sendo seleccionadas pela natureza ao longo de milénios, o que lhes fornece uma grande adaptabilidade aos seus locais de origem ou regiões onde se tenham fixado á tempo suficiente para tal, sendo as mais resistentes e produtivas dentro desse espaço com os recursos que por ele lhe são fornecidos. Também o Homem exerceu uma pressão de selecção ao longo dos tempos, semeando sempre as sementes daquelas plantas que melhor respondiam á sua necessidade. Contudo, estas plantas sempre garantiram o futuro das próximas gerações através das suas próprias sementes.



As técnicas de melhoramento de plantas foram evoluindo e foram-se descobrindo plantas (nem sempre) mais produtivas, como é exemplo o milho híbrido. Estas descobertas foram até apontadas como uma resolução para a fome no mundo! O problema, é que estas novas plantas só eram (e são) mais produtivas na presença de uma maior intervenção por parte do homem no ecossistema agrário, através da utilização de mais factores de produção (ex: adubos). O que veio a provocar uma grande desigualdade entre aqueles que têm acesso a esses factores (e conhecimento para a sua utilização adequada) e os que não têm. Para agravar a situação, os híbridos trouxeram consigo a dependencia entre o agricultor e o fornecedor de semente, pois as sementes resultantes de uma planta híbrida não asseguram as gerações futuras, abrindo-se assim as portas para o grande negócio que é a venda de sementes patenteadas. Como é óbvio, este problema teve consequências desastrosas nos “países em vias de desenvolvimento”. Os agricultores mais desfavorecidos viram-se obrigados a abandonar a agricultura, criando-se dependências alimentares entre produtores e consumidores o que levou a um aumento da fome no mundo (essencialmente em África). Esta época ficou conhecida como “a revolução verde”.


Actualmente fala-se nas plantas transgénicas e no futuro “risonho” por elas proporcionado...(?) Tal como a maioria das plantas melhoradas, as transgénicas também são patenteadas e as suas sementes não asseguram qualquer cultura para o ano seguinte, asseguram sim, os lucros das poucas empresas como a Monsanto e a Syngenta (para quem sim, o futuro é risonho!) que dominam a totalidade do mercado mundial de sementes transgénicas. E mais do que isso, elas dominam e direccionam toda a investigação ciêntifica. O que não surpreende, pois os diversos estados estão a desresponsabilizar-se do Ensino Superior e de toda a investigação, deixando o ensino e a investigação rendidos ás “leis do capitalismo”. Este é um facto que elimina qualquer ilusão de que os transgénicos possam vir a ter uma utilização socialmente e económicamente justa. Porque o seu rumo é o máximo lucro das poucas empresas que dominam este negócio!!!


No entanto, a aplicação destes transgénicos não tem sido fácil na Europa, onde felizmente as pessoas também questionam a ciência, onde a História é a prova de que a ciência também erra. Com tal oposição, o sistema procura outros caminhos para chegar ao mesmo objectivo: o monopólio do negócio das sementes. Em França, encontramos já esse outro caminho, onde foi ratificada a proposta de lei que proíbe a recolha e utilização de sementes para re-semear no ano seguinte (mesmo não sendo transgénicas). O certificado de obtenção vegetal (COV) que os agricultores recebem ao comprar semente certificada passa a ter valor equivalente a patente e o agricultores são obrigados a comprar sementes no próximo ano novamente.



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Dalcio Machado/Brasil


Para além destes problemas sócio-económicos, a utilização de plantas transgénicas levantam muitos outros problemas, nomeadamente agro-ambientais. Como é exemplo a perda de Biodiversidade, nomeadamente diversidade genética (onde se aponta como resolução a criação de bancos de germoplasma, como se fosse possível a concervação da diversidade genética na sua integridade no interior de um “frigorifico”) e a amplificação de pressões de selecção e consequentemente o aparecimento de resistências. É caso para perguntar, onde é que se entra com o famoso Nível Prejudicial de Ataque na ponderação da utilização de plantas transgénicas resistentes a uma qualquer praga? Este é um conceito muito ponderado naquela que tem sido apontada como a agricultura do futuro (na Europa), a Produção Integrada. Onde existem métodos para ponderar a aplicação de qualquer pesticida de modo a diminuir os impactos ambientais e não esquecendo o factor económico da actividade agrícola. A título de exemplo, temos o caso das plantas transgénicas que sintetisam a toxina produzida pela bactéria Bacillus Thuringiensis, que é tóxica para as larvas dos lepidópteros (borboletas) por ingestão, e é um meio de combate utilizado também em agricultura biológica. Uma vez que o factor de selecção (a toxina) está presente durante toda vida da planta, a praga rápidamente vai ganhar resistência a esta toxina, e então todo o investimento que foi feito para “construir” esta planta resistente foi perdido, e pior do que isso é que perdemos também um meio de combate biológico e temos agora que voltar a investir noutra alternativa, que será sempre mais dificil de encontrar para a agricultura biológica do que para as restantes.


Estes são alguns dos motivos que me levam a dizer NÃO à utilização de plantas transgénicas, um NÃO que é partilhado pela grande maioria da Comunidade Europeia, mas que apesar disso continua a ser ignorado. Infelizmente a opinião pública é cada vez menos ouvida, prevalecendo os objectivos empresariais que estão a ocupar tudo quanto é espaço, inclusive a tua Universidade!

ASSEMBLEIA ESTATUTÁRIA DA UTL

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O ]move[ apoia a Lista A de estudantes 'Por um Ensino de Direito Público' para a Assembleia Estatutária da UTL.

No dia 29 de Novembro há eleições na UTL para a Assembleia Estatutária. É nesta Assembleia que vão ser discutidos e elaborados os estatutos de acordo com o novo Regime Jurídico para as Instituições do Ensino Superior.



Informa-te sobre todo o processo em

http://www.utl.pt/noticias.aspx?idNoticia=301.



Listas:

Alunos - http://aewww.isa.utl.pt/listas_estudantes.pdf

Docentes e Investigadores - http://aewww.isa.utl.pt/listas_investigadores.pdf







pelaescolapublica@gmail.com






Efectivos:

1 – Marco Neves Marques, do Instituto Superior de Agronomia


2 – Bruno Góis Carreira, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas


3 – Ana Sequeira Pinto, do Instituto Superior Técnico


Suplentes:


1 – Bruno Pinto Damásio, do Instituto Superior de Economia e Gestão


2 – Joana Amaral Grilo, da Faculdade de Arquitectura


3 – Daniela da Gama Pereira, do Instituto Superior de Agronomia


4 – Pedro Cabral Vicente, do Instituto Superior Técnico


5 – Inês Mateus Folgosa, do Instituto Superior de Economia e Gestão


6 – Ana Filipe Feijão, do Instituto Superior de Agronomia


Linha Programática:


Somos estudantes da UTL e questionamos a aplicação do RJIES desde o início. Levámos o debate às nossas escolas. Quisemos discutir com todas as pessoas que constroem este espaço: estudantes, funcionários, professores, bolseiros, investigadores.


Esta nova lei é o maior ataque feito à Escola Pública nas últimas décadas e não a podemos deixar passar incólume sem nenhuma contestação, pois ela existe mas a falta de democracia na sua discussão levou à sua censura.


Esta nova lei representa o fim da representação democrática dos estudantes e funcionários nos órgãos de gestão; incentiva a fragmentação e privatização do Ensino Superior, ao permitir a transformação de espaços públicos em fundações de direito privado.

Esta nova lei atribui uma lógica de mercado que leva a que deixe de ser a Escola a decidir a Escola, hipoteca a vida dos estudantes ao promover os empréstimos bancários em detrimento da Acção Social.


Por isso, não podemos deixar de estar presentes nos poucos espaços que restam para a discussão desta lei. Queremos marcar uma posição que conteste, mas que crie; não acreditamos no “menos mau”, mas não queremos conservar o que existe. Acreditamos numa construção colectiva de uma Escola verdadeiramente Pública, gerida de uma forma democrática com a participação de todos os actores da Escola neste processo.


Entendemos que esta Escola que defendemos não é promovida por esta lei.



]move[ na TV

Esta notícia fala de alguns grupos de pessoas que se começam a rebelar contra a situação precária das suas vidas caso dos Precários Inflexíveis e do FERVE. Refere também a primeira manifestação de precários que aconteceu no 1º de Maio deste ano, o MAYDAY. Na organização deste protesto estiveram também envolvidos estudantes, porque a precariedade faz cada vez mais parte da nossa faculdade, e agora, com a generalização e promoção dos empréstimos, a nossa vida pode ficar hipotecada desde o momento de entrada na Escola.



outros textos no blog:

Precariedade Rima com Universidade

“País precário saiu do armário”





A fatal(?) privatização das Universidades Públicas

Já se torna prática comum a presença de entidades privadas dentro das nossas universidades, sob o estatuto de mecenato.

horário de um mestrado leccionado no ISEG

O recente Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) prevê a concretização de um sistema de empréstimos (para autonomização dos estudantes, dizem eles!). Queres ser precário ainda antes de teres acabado o curso? Porque se cria este novo sistema se a acção social, aparentemente, apoia os que precisam? A banca começa já a disponibilizar empréstimos para os estudantes, ainda sem juros, para, quando o estado se desresponsabilizar totalmente do apoio social por forma de bolsas de estudo, começar com eles.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Call of the Students' European Forum


Athens October 19-20-21 2007





We meet here in the faculty of Polytechnio, an historical place of Greek University, a symbol of the students´ revolt against military dictatorship (beginning on the 17 november 1973) and which also lived the recent student revolt against the unfortunate attempt by greek government to privatize the public university.


We meet here in the third Students' European Forum after the previous ones in Bakaiku and Paris, and we realize that our conditions of study continue worsening each and every day. A major reason is the implementation of neoliberal and capitalist counter-reforms, which are aimed at destroying our rights. The basic elements of those counter-reforms were elaborated by the institutions of the EU and the economical lobbys: this plan of privatisation is called process of Bologna for the creation of a EHEA, European Higher Education Area.


Its main principles are: increase of tuition fees, like in Portugal or Italy, financial autonomy and private financiation like in the spanish or french states, destruction of the collective rights of the students as future workers, increase of social selection, crowding out minorized languages of university...


The aim of the ruling class is to transform the university into a factory producing a majority of precarious workers and an elite of very qualified researchers and engineers.


Stopping the Bologna Process is a neccesity if we want to build a university which will be popular, public,free of charge, emancipated, respecting at every people, nationality, sexuality, gender... and accesible to everyone. We must fight against this process until its total supression.


The movement against the CPE and against precarity in the French state has proven that resistance throught struggle is possible.


The two years of huge student movement in Greece that succeeded in blocking the implementation of the Bologna process, shows that this process is not an unavoidable fact and that it can be defeated. But to achieve this, we need a combination of strong local movements and of coordinated strike back at the european scale by students, youth and workers. And we call on solidarity to all the represed for fighting the university and europe of capital.


We are facing an attack which is organized on a european scale. If we struggle each in his own place, we will maybe achieve temporary victories in a few places. But little by little, country by country we will be defeated. United we can win but separate we will be crushed. This means for us building an international network so as to have a coordination of resistances at european level. It means setting common campaigns, common days of action and participating in the international networks so as to meet with every force ready to fight against the privatization of higher education.


We want to spread and make the Students' European Forum well known, so when in 2009 the Ministers of Education of the countries applying the Bologna Process meet in Lovaina, the voice of the students will meet them too. We believe struggle is the way to success and so we want to start a campaign all around Europe, with common action periods around 17 November 2007//2008. We also call local initiatives during the summit of ministers, march 2009, so while the Students' European Forum gives them a response from Lovaina, the student movement will show its strength and determination all around europe.


Students' European Forum


Athens 21 October 2007

Movimentações estudantis em França

18.11.2007

"
(peço desculpa pelos possíveis erros ortográficos mas escrevo rápido de um PC estrangeiro sem correcção automática)


Estas rápidas informações que se seguem são apenas um resumo dos últimos movimentos estudantis em França. Não têm valor nem base documentais, pois são apenas o retrato rápido (que o tempo não deu para mais) de um estudante do movimento contra as políticas de Sarkozy. Devido à força do média (televisões, rádios, jornais e revistas) franceses estarem na quase totalidade em colaboração com o governo de Sarkozy e tentarem dividir as opiniões públicas distorcendo o contexto da luta dos estudantes, sinto-me, como estudante, no dever de fazer chegar aos estudantes e jornalistas portugueses algumas informações mais específicas dos acontecimentos.


- Desde há duas semanas para cá que os estudantes franceses combatem a lei de autonomia das universidades, a chamada lei Pécresse. Este combate mais difícil que o esperado começou a ser impedido pelas forças da ordem nas quais se incluem a grande arma do governo de Sarkozy, os média. Com o bloqueamento da entrada de algumas universidade e ocupação de outras, os média tomaram mais uma vez uma posição de sensacionalismo e espectáculo, forçando a divisão dos estudantes entre 'bloqueurs' e 'anti-bloqueurs', que guerreiam agora entre si pelo bloqueamento ou não das universidades em vez de debaterem e reflectirem sobre o sentido da lei Pécresse. Ainda como reforço ao impedimento das ocupações e manifestaçoes dos estudantes, a televisão tanto pública como privada, entrevista e focaliza aspectos mediocremente interessantes sobre a lei Pécresse, como o caso do presidente da Universidade de Nanterre que chamou a polícia a vir desimpedir o bloco da entrada da universidade acusando os alunos de “minoria” que comete actos de 'terroristas' e 'khmers rouges'. A policia veio para desimpedir o local onde estavam alguns dos ditos 'anti-bloqueurs' cantando o hino nacional de braço erguido e aplaudindo à pancadaria entre CRS e estudantes.


http://www.rue89.com/2007/11/13/nanterre-coups-de-matraque-sous-les-applaudissements


- Uma outra manifestaçao estava organizada para Sexta-feira dia 16 às 14:00 frente à Assembleia Nacional, mas devido à greve dos transportes públicos, a manisfestaçao ficou pelas 200 pessoas. Depois de impedido o acesso a várias ruas do Quartier Latin os manifestantes deslocaram-se para a Gare d'Austerlirz onde se encontrariam com os funcionários dos caminhos de ferro também estes em greve. A entrada da gare foi bloqueada pela polícia que rapidamente não permitiu a continuaçao da manifestação, decidindo os manifestantes por abandonar a possível deslocação até Bastille, isto porque a polícia era tanto ou mais numerosa que os manifestantes.


- Trinta e tal universidades estão bloqueadas e outras ocupadas há vários dias. No caso da Universidade Vincennes - St. Denis (Paris 8), ainda não falado por nenhum média, a ocupação decorre pacíficamente e conta já com o apoio dos trabalhadores da RATP e professores do liceu. Este triângulo solidário apareceu pela madrugada do dia 16 do mês corrente na sede da RATP onde os trabalhadores faziam greve. Mesmo com o frio da geada estudantes e professores não souberam deter-se e manisfestaram todas as energias para manter esta união entre de trabalhadores e estudantes. Os estudantes proposeram ainda comunicar aos vendedores do mercado de St. Denis a luta à qual se devem juntar e ainda se espera o apoio dos trabalhadores dos caminhos de ferro que parecem estar abertos a receber os estudantes nas proximas Assembleias Gerais.


- Enquanto as greves continuam e os média teimam em mostrar que o movimento popular que aparece é apenas uma greve de transportes incómoda e que pode durar como em 1995, o presidente da républica Sarkozy tenta o populismo para atenuar os descontentes. É caso de uma das suas visitas aos marinheiros pescadores da Bretanha que também estavam em greve onde acaba por ameaçar um cidadão após este o ter ofendido e referido o aumento de 140% no seu salário, ou ainda a sua homenagem a Albert Camus cinquenta anos após este ter ganho o prémio Nobel da Literatura. Pelos seus passeios e visitas o presidente Sarkozy continua a dizer que vai aplicar as reformas previstas e que não tenciona ceder.


- O movimento estudantil, considerado minoritário, reage a todas estas provocações reunindo dia e noite, saindo à rua, gritando e impedindo a circulação das vias férreas. Vivendo nas universidades ocupadas alguns estudantes discutem o caminho a dar ao movimento, pois querem mandar abaixo a reforma de Valérie Pécresse e sentem-se abandonados pelo seu máximo representante sindical, UNEF, que tenta discutir com o governo as possíveis alterações da lei de autonomia das universidades. O movimento rejeita e critica na sua maioria a falta de rebeldia e monoformização dos sindicatos instituidos como ainda apresenta uma forte descrença partidária. Para alguns estudantes “a lei Pécresse é apenas um pretexto” porque o que motiva a revolta em geral é o “anti-sarkozismo” já existente mesmo antes da eleição do “presidente”. Sexta-feira dia 16 várias universidades foram evacuadas pela polícia e outras encerradas por ordem da reitoria de várias universidades.


- No próximo ano contar-se-ão quarenta anos após as revoltas de 68. Para muitos estudantes militando contra a lei Pécresse essa é uma referência farta motivo pelo qual não querem incluir nas discussões surgidas em várias reuniões, contrariamente a alguns professores que evocam a revolta do Maio 68 como uma luta inacabada. Algumas das comparações com os eventos dos anos 60 surgidas em 2005 após as contínuas greves estudantis no combate ao CPE (Contracto Primeiro Emprego) estarão possívelmente a realizar-se focando assim o facto de em 1967 terem havido vários movimentos de contestação que só viriam a culminar seriamente em 68 e agora um ano e meio depois dos meses atribulados de Abril e Maio de 2005, a revolta, ainda agora começada, passa da palavra à acção e parece querer prolongar-se.


- Entre os estudantes em luta estão vários estudantes estrangeiros de outros países da União Europeia. Casos de Itália, Alemanha e Portugal. A livre circulação na UE permitiu fazer da Europa um local de debate aberto e já por algumas vezes, desde que as greves começaram, embora de forma fugaz, foram evocados e postos em causa o sistema LMD também conhecido como Processo de Bolonha, e a autonomia das universidades. Mais difícil até agora de debater é a influência do sistema néo-liberal, da comunicação social, Bruxelas e todo o rumo que a União Europeia tende a tomar. Se a luta é contra Sarkozy na generalidade dos estudantes franceses, do lado dos estudantes estrangeiros parece estar inclinada para a reformulação de uma nova Europa anti-capitalista. As alternativas e propostas parecem escassas e por enquanto mantém-se em torno da lei da ministra Pécresse.


Visto que esta luta tem uma visão ampla e não só estudantil, não só francesa, italiana, grega, portuguesa ou alemã, e as greves dos desfavorecidos começam a ser frequentes por todos os cantos da Europa, é importante uma união contra estas políticas aculturadas que vão aparecendo e metendo todos os países no mesmo saco económico, reduzindo os cidadãos a clientes. Não esquecendo ainda a visão da política externa e colaboração com o governo dos EUA, o Iraque, o Afeganistão, a sociedade espectacular dos média (já há tanto anunciada por Guy Debord), etc... Além disso note-se também, que uma grande parte do proletariado europeu constituida por imigrantes estrangeiros, não se manifesta atiçadamente gerindo-se pela lei da boca fechada. O medo incutido por um pensamento do tipo “não estás no teu país; aqui damos-te trabalho; se não gostas volta para de onde vieste” leva os emigrantes a trabalharem mesmo com dificuldades aceitando todas as condições. A isto chamo eu “colonização interna”, onde para capricho do europeu, se exploram as condições precárias de outros povos pela mão-de-obra, aumentando assim na Europa, por interesse dum regime vigente, um proletariado mudo que não pode revoltar-se pelo simples facto de ser estrangeiro. É pois, esta coluna aberta, um convite e apelo aos estudantes e jornalistas portugueses, a ajudarem a divulgar o que realmente se passa em França neste preciso momento, mesmo que pareça pequeno em comparação aos combates da América do Sul ou África. Por algum ponto as coisas têm de mudar. Em Portugal temos propinas que aumentam todos os anos porque não lutámos a tempo. O salário mínimo é vergonhoso. Baixo poder de compra. Agora o espírito mole e praxista reina nas associações académicas. O ensino é pobre e em função dos interesses das empresas que os “patrocinam”. Mas isso é reversível. Em França, por enquanto, os estudantes ocupam as universidades, só têm o apoio dos trabalhadores dos transportes públicos e professores, mas tudo parece poder alastrar-se aos bairros sociais, nascendo assim um verdadeiro bloco popular. Se as fronteiras estão abertas entres os países europeus não será assim tão difícil unir forças internacionais.


Pedro Fidalgo

Estudante de Teatro na Univesidade de Paris 8
"

domingo, 18 de novembro de 2007

]move[ TV

O futuro é feito com as escolhas que vamos fazendo a cada momento.

Escolher ver este pequeno filme é escolher a "pílula vermelha" – a da verdade.

Dentro da ficção animada, a história conta um pouco da realidade: a exploração cruel de seres que coabitam o planeta connosco não é um problema que sensibilize o capitalismo, nem que lhe cause insónias.




As insónias são coisas de humanos. E as escolhas também: por exemplo, comer carne. Ou não.






O julgamento da praxe: Ana Santos à espera, cinco anos depois

http://www.carloscoelho.org/dossiers/50_anos/imagem%20justi%C3%A7a.jpg



Comunicado de Imprensa


M.A.T.A . - movimento anti "tradição académica"


12-11-2007



Pela primeira vez, um caso de praxes leva pessoas a sentarem-se no banco dos réus.

Depois da Ana Sofia Damião – aluna do Piaget de Macedo de Cavaleiros em 2002 – não ter visto a sua queixa passar da fase de inquérito, a Ana Santos ultrapassa as barreiras que vão surgindo a quem tenta ultrapassar as marcas das "praxes".


O caso que vai a tribunal no próximo mês de Fevereiro remete à "época de praxes" de 2002, em Santarém. Ana Santos foi, entre muitas outras coisas, obrigada a ter a sua cabeça em excrementos de vaca e abandonada após ter desmaiado. Das acusações da Ana Santos, seis dos arguidos serão julgados por "ofensa à integridade física qualificada"; ficam para trás as acusações de coacção, sequestro, ameaça, injúria.


O Movimento Anti "Tradição Académica" (M.A.T.A.) tem vindo a acompanhar este caso desde 2003 e assinala a coragem da Ana Santos que foi obrigada a sair da instituição pública de ensino superior (Escola Superior Agrária de Santarém) e da própria cidade, de modo a poder continuar a estudar.


A decisão do tribunal revelar-se-á fundamental no caminho de mudança que tem envolvido a "tradição académica" nos últimos anos, assim como na construção de uma opinião pública crítica a este respeito e que questione a relação entre a natureza da praxe e este tipo de acontecimentos.



É também determinante para que a impunidade encoberta pelas "negras capas estudantis" possa ter fim e que deixem de ser as Associações de Estudantes ou as ilegítimas "comissões de praxe" a julgar os "abusos" com códigos inventados que se têm sobreposto às leis do país.



Esperamos, ainda, que as palavras finais do juiz venham abalar o "clima de medo" que abafa todas as histórias que se tornaram públicas e as que jamais saberemos.


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

3ª-feira

3ª-feira,
dia 20,
às 6 horas da tarde,
no auditório do pavilhão de florestal

Exibição do documentário Baraka [http://www.imdb.com/title/tt0103767/]




O Baraka é um filme sem actores ou argumento. É uma sequência de imagens fotográficas impressionantes, uma viagem à volta da Terra, com especial ênfase em aspectos culturais, sociais e ecológicos.

2ª-feira! Entretanto,

Ontem, dia 14 de Novembro, decorreu mais uma iniciativa do MOVE, onde se pensou nos caminhos que o Ensino Superior tem percorrido e naquilo que será o seu futuro. Que como sempre passará pelo pensar e agir de todos aqueles que fazem parte da Escola e não só. Lançámos também mais um jornal, o nosso Movemento, onde estão reunidos os últimos textos que escrevemos durante estes últimos tempos de grandes mudanças no Ensino Superior.



Temos mais iniciativas em curso, e queremos pensar outras para o futuro, para isso precisamos como sempre da participação de todos aqueles que tal como nós desejam outra vida na Escola. Por isso temos marcada uma próxima reunião no dia 19 de Novembro, 2ª feira com encontro marcado ás 18.30h na cantina do ISA.



Como sempre esta reunião é aberta e queremos a participação de todos(as).

Aparece, e passa a mensagem!

Algumas universidades públicas em colapso


A imagem "http://www.tsf.pt/imagens/2007/11/noticias/imgs/14/pequeno/seabra_santos_dr.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.


O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), Seabra Santos, afirmou esta quarta-feira que há pelo menos quatro ou cinco universidades públicas em colapso financeiro, sem orçamento para as despesas até ao final do ano.


«Em 2008 todas as universidades públicas vão chegar ao ponto em que estão algumas em 2007», acrescentou Seabra Santos durante a audição do CRUP na Comissão parlamentar de Educação e Ciência.


A audição teve como objectivo dar a conhecer à Comissão, de acordo com Seabra Santos, «o contexto de gravíssimas dificuldades financeiras» que as instituições de ensino superior públicas enfrentam e que podem ser agravadas pelo investimento previsto no Orçamento de Estado de 2008 para o Ensino Superior.


O presidente do CRUP anunciou ainda, para os próximos dias, a entrega ao presidente da Comissão de Educação e Ciência, o socialista António José Seguro, de um pedido de compensações das despesas adicionais que as instituições de ensino vão ter no próximo ano.


Em causa estão, segundo Seabra Santos, os pagamentos dos salários de docentes e funcionários e a manutenção do normal funcionamento das instituições, despesas para as quais as universidades já não têm orçamento devido à redução do investimento público no Ensino Superior e a novos encargos financeiros que os estabelecimentos têm que assegurar, como aumentos salariais e aumentos nas contribuições para a Caixa Geral de Aposentações.


«Em 2008 as contribuições para a Caixa Geral de Aposentações representam metade do valor obtido com o pagamento das propinas», referiu o presidente do CRUP, que acrescentou que a maioria das universidades públicas em Portugal não tem meios de gerar receitas próprias, dependendo quase na totalidade do investimento público.


Sobre eventuais compensações que as universidades possam ter nos seus orçamentos com o aumento de investimento do Estado nas áreas da ciência e da investigação, Seabra Santos diz que isso não se verifica, uma vez que a maior parte das unidades de investigação científica contempladas pelo investimento público são de natureza privada.


«Às Universidades não chega dinheiro aplicado na investigação científica, porque não estão criados mecanismos que o permitam», explicou o presidente do CRUP.


Seabra Santos referiu ainda a necessidade de criação de mecanismos que permitam a gestão do orçamento das instituições por períodos superiores a um ano, remetendo especificamente para a questão do financiamento plurianual, um mecanismo de gestão apenas permitido a universidades de modelo fundacional.


O presidente do CRUP esclareceu que com o actual modelo as universidades são obrigadas a aplicar os investimentos concedidos no prazo de um ano, levando muitas vezes a gastos errados e apressados pela impossibilidade de acumular saldos para o ano seguinte.


notícia do site TSF

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Destaques do MCTES

Empréstimos a estudantes do ensino superior com garantia mútua: Assinados os primeiros 60 contratos
6 Novembro 2007




Lisboa, 06 Novembro (MCTES)



Os primeiros empréstimos sem fiador e juros reduzidos concedidos ao abrigo do sistema de crédito criado pelo Governo para apoio a estudantes do ensino superior foram já assinados com um dos bancos aderentes, o Banco Santander Totta, que formalizou hoje o início do processo em cerimónia a que assistiu o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Alguns dos contratos de empréstimo ao abrigo do novo sistema de crédito com garantia mútua foram assinados durante a cerimónia inaugural, nas instalações do Banco Santander Totta, em Lisboa.



Segundo dados disponibilizados pelo banco, os primeiros cerca de 60 beneficiários frequentam em partes iguais o ensino superior público e o ensino superior privado, maioritariamente em cursos na área das ciências e engenharias, e distribuem-se geograficamente por todo o país.
Os empréstimos terão uma taxa de juro mínima, com um “spread” máximo de 1,0% apurada com base na taxa dos “swaps”, não dependente de avales ou garantias patrimoniais, que será reduzida para estudantes com melhor aproveitamento escolar. O prazo de reembolso será de 6 a 10 anos após a conclusão do curso e pelo menos 1 ano adicional de carência de capital. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou o lançamento dos empréstimos na segunda-feira, 5 de Novembro, o Banco Comercial Português (Millenium BCP) e o BES indicaram que o farão no início da próxima semana. Aderiram ainda ao sistema o Banco BPI (BPI), o Montepio e o Grupo Banco Internacional do Funchal (BANIF), incluindo o Banco Comercial dos Açores.

Toso Barkovic/Serbia



Desde a aprovação em Conselho de Ministros, no final de Agosto, dos termos para alargar a actividade das sociedades de garantia mútua, estas instituições bancárias acordaram em disponibilizar, a partir do ano lectivo agora a ser iniciado e até ao dia 31 de Março de 2008, um novo sistema de acesso automático ao crédito pelos estudantes do ensino superior. Este novo sistema acresce aos mecanismos de acção social escolar e é fortemente marcado pelo princípio da universalidade.




Em paralelo, o Governo já garantiu na proposta de Orçamento de Estado para 2008, em discussão na Assembleia da Republica, o aumento progressivo dos fundos disponíveis para bolsas de acção social escolar aos estudantes mais carenciados e a manutenção das propinas nos níveis fixados pela lei actual. Visa-se assim alargar a base social e o número de estudantes que frequentam o ensino superior.


notícia retirada do site do MCTES

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Reitor acusa Governo de financiar mais instituições norte-americanas do que portuguesas

08.11.2007 - 18h22 Lusa


O reitor da Universidade de Lisboa (UL), António Sampaio da Nóvoa, acusou hoje o Governo de cortar no financiamento do ensino superior público, transferindo para universidades norte-americanas, a troco de "contrapartidas reduzidas", verbas superiores às atribuídas a algumas instituições nacionais.




No discurso de abertura do ano académico 2007-2008 da UL, António Sampaio da Nóvoa falou na necessidade de mudança, mas apontou o dedo ao Governo enquanto responsável por alguns entraves a essa mudança, como a "falta de modelos claros e transparentes de financiamento".

O reitor referiu que nos últimos dois anos Portugal foi o único país da Europa que reduziu o investimento no ensino superior, "remetendo as instituições para uma lógica de pura sobrevivência", apesar de estas terem cumprido as suas obrigações, nomeadamente no que respeita ao aumento do número de estudantes e à melhoria da qualidade da formação.

"Mas, ao mesmo tempo, o Governo transfere anualmente para universidades norte-americanas, ao abrigo de acordos interessantes, mas com contrapartidas reduzidas, verbas superiores às que transfere para algumas universidades portuguesas", acusou o reitor da UL.

António Nóvoa criticou também a proliferação de escolas por todo o país, considerando que, com o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, o Governo está a contribuir para essa situação.

"Faz-nos falta uma política corajosa de reordenamento da rede do ensino superior, pondo fim à proliferação de escolas que se criaram por todo o país, com a cumplicidade de poderes nacionais, regionais e locais", afirmou o reitor, acrescentando que "sobre isto, até agora, o Governo nada disse, tendo mesmo aprovado uma lei que convida, estranhamente, a uma maior fragmentação das instituições".

Ainda a propósito do regime jurídico, António Nóvoa reconheceu, contudo, que era necessário um novo modelo de governação das universidades e que esta lei contém inúmeros aspectos positivos, mas considerou que, ao mesmo tempo, "corre o risco de se transformar numa mera reforma orgânico-burocrática".

Para o reitor, só as universidades podem resolver os seus próprios problemas, o que não será possível se lhes for retirada "vida própria" e se forem descapitalizadas e incapacitadas de recrutar recursos humanos qualificados.

"Ao não favorecer a iniciativa, ao valer-se de argumentos de autoridade, ao debilitar as instituições, este Governo cria o desânimo entre todos aqueles que, genuinamente, se batem pelo progresso e pela inovação", disse o reitor da UL, sublinhando que "nada é pior do que a ilusão da mudança que deixa tudo na mesma".

Outra das críticas do reitor da UL prende-se com a falta de revisão do Estatuto da Carreira Docente Universitária, que considera "a mais urgente de todas as mudanças".

O responsável lamenta que, até agora, o Governo nada tenha dito sobre o assunto. "Sem um estatuto que permita recrutar e promover os melhores, pondo fim à mediania e à endogamia, estabelecendo uma ligação forte entre ensino e investigação, é impossível reformar a universidade".

A adopção de novas regras de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior é outro aspecto que António Nóvoa considera fundamental para as universidades e nessa matéria deixa um elogio aos governantes.

"Faz-nos falta a adopção de normas exigentes de avaliação e de acreditação, acabando com a multiplicação de cursos que, com a conivência de governos e instituições, tem contribuído para degradar a qualidade do ensino superior. Sobre isto, merece aplauso a iniciativa do Governo: mais e melhor avaliação, feita com critérios internacionais", disse ainda o reitor.

Quanto às medidas que a UL pretende desde já adoptar, no âmbito da sua renovação, o reitor destaca a criação de massa crítica na universidade, o início da revisão dos estatutos (já foi eleita a assembleia estatutária), a junção com outras escolas no sentido de congregar esforços e a atribuição de maior peso às estruturas de investigação.





Notícia do site PÚBLICO.PT