terça-feira, 2 de outubro de 2007

Agricultura portuguesa ainda é pouco competitiva

02.10.2007


A agricultura portuguesa sofreu ao longo dos últimos anos um significativo processo de ajustamento estrutural, mas isso ainda não foi suficiente para a tornar numa actividade economicamente competitiva. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), que acaba de facultar o retrato do "Portugal Agrícola 1900-2006". O trabalho, que agrupa 500 séries estatísticas sobre a actividade do sector primário, permite verificar que a dimensão média das explorações agrícolas passou, nestes 16 anos, de 6,7 para 11,4 hectares, que aumentou a produtividade no campo e que as terras aráveis deixaram de ser o olhar predominante para serem progressivamente substituídas pelas pastagens permanentes. É o reflexo de uma aposta mais clara em aptidões para bovinos de leite, gado, carne e ovinos, muito potenciada pelos apoios pelo regime de apoios da Política Agrícola Comum.






Ainda de acordo com o Instituto de Estatística, a área de cereais para grão (onde não somos competitivos) perdeu um milhão de hectares em 16 anos. Mas o milho e as culturas industriais conquistaram assinaláveis ganhos de produtividade. Os pomares de pêra, cereja e alguns frutos secos "apresentam boas perspectivas de progressão" e as culturas mediterrânicas - vinho e azeite - continuam a ser uma aposta viável, ainda de acordo com o INE. O envelhecimento da população rural continua a ser um dos principais dramas do sector. J.M.R.


notícia do site PÚBLICO.PT

imagem:
Valentin Druzhinin/Russia

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