terça-feira, 27 de novembro de 2007

Circo Eleitoral

O email que se segue andou a circular nas mailing lists do IST, trata das listas de estudantes candidatas à Assembleia Estatutária que irá rever os novos estatutos da UTL (a eleição realizar-se-á dia 29 de Novembro, quinta-feira).
O ]movE[ apoia a Lista A (os supostos anti-praxe, logo comunistas) e publica também a sua resposta.


O email da Paula Mendes:

"Caros Colegas,

Venho apelar ao vosso voto no dia 29 de Novembro (5ºFeira)

Existem duas listas opostas, Lista A (constituída na sua maioria por anti-praxes (comunistas)) e a Lista B (representantes das várias faculdades da UTL).

Estas votações tem por objectivo, eleger os três representantes para que possam elaborar, com professores, funcionários e reitor os novos estatutos da UTL. Para isto, é de todo o interesse ter os três lugares preenchidos por alunos que apoiem e defendam os direitos de todos nós.

Para que os três alunos possam pertencer à Lista B, isto é, que não entrem representantes da lista A, a Lista B terá de obter o triplo dos votos.

Para atingirmos este objectivo, apelo ao voto de todos.

Quem tiver amigos ou colegas em outras faculdades pertencentes à UTL, "convença-os" a ir votar na quinta-feira.

As urnas serão colocadas no Pavilhão de Civil, por volta das 9h às 18h.

Todos juntos vamos conseguir algo melhor.

Beijos,

Paula Mendes

Para mais esclarecimentos
Tlm: 917454522
964815420"


A resposta por parte da lista A:

Olá a todas e a todos!

Tal como vocês, recebemos este mail. Mas não directamente da Paula Mendes.

E como a Paula (deduzimos) é bastante desatenta e não teve o cuidado de omitir a vasta lista de mails com quem comunicou, podemos também utilizá-la para comunicar convosco. (Obrigada, Paula!)


De facto, é importante que os estudantes percebam a importância de participar nas decisões de construção das suas Escolas. Neste sentido, é importante que TAMBÉM vão votar no dia 29 de Novembro.

E digo "TAMBÉM" porque a construção da Escola não passa simplesmente por votar e esperar que o resto do mundo avance sozinho. A construção da Escola faz-se de ideias partilhadas, de questões novas, de buscas de coisas que transformam o passado em presente. Mais do que a inércia da cruz no papel dobrado em quatro, é preciso voltar a fazer com que as paredes, as salas e os corredores da Escola sejam espaços construídos por quem dá sentido à Escola: os estudantes, os professores e os funcionários.


E o que tem isto a ver com o RJIES?

O RJIES é a maior transformação no Ensino Superior Público das últimas décadas (curiosamente, as poucas décadas em que existiu Ensino Superior Público). E esta transformação foi feita num tempo record (talvez seja mais uma tentativa bem portuguesa de ter mais uma entrada no livro do Guiness) e por poucas pessoas ilustres do PS.


Mas enquanto os dirigentes das AAEE, que se dizem representar os estudantes, estavam em ENDA's ou a falar com os deputados dos seus partidos, não estavam a comunicar nem a informar os estudantes nas suas escolas.


Os debates que foram surgindo sobre o tema foram, maioritariamente, organizados pelos movimentos de estudantes que foram surgindo em várias faculdades (e não pelos "representantes dos estudantes"). Foram estes movimentos que procuraram partilhar com os estudantes o que é o RJIES e recolheram mais de 5000 assinaturas numa semana para que a lei fosse mais do que um "capricho" do Governo (e não ficaram à espera que alguém se lembrasse e viesse perguntar).

Em muitas universidades não foi discutido o RJIES em nenhuma RGA. Ainda hoje há quem não saiba o que é o RJIES.


Curiosamente, o mail que a Paula assinou é mais uma fuga ao essencial. Quando é importante que as pessoas saibam o que significa este novo Regime Jurídico e o que ele implica nas suas Escolas, a Paula escolhe, em nome da Lista B, fazer campanha "suja" e nomear-nos «anti-praxe (comunistas)».
Não somos sectários e queremos fazer as coisas com o máximo de pessoas possível: procuramos consensos e não abandonamos as reuniões quando há opiniões diferentes (como fizeram alguns representantes de AAEE numa reunião que pretendia preparar uma acção contra o RJIES).

Só para terminar, gostavamos de dizer que as coisas só são possíveis quando se faz para que o sejam. E quero dizer com isto que só existe um futuro pré-determinado se desistirmos de fazer o que quer que seja; as escolhas são feitas a cada momento e é a disputa de ideias que transforma (ou não) o passado em presente.


Nós não temos o discurso derrotado de quem não fez tudo o que era possível, nem achamos que temos que minimizar os males. Nós procuramos construir com as pessoas (e não com as elites do poder) um futuro que conquista mais liberdades e não perde as conquistas do passado.

O RJIES é um grande passo para acabar com o Ensino Superior Público. Não fazer tudo para garantir que as gerações futuras tenham acesso ao Ensino Superior é optar pelo caminho das derrotas.

Temos que trabalhar, em conjunto, por uma Escola construída por nós e não por "personalidades externas" que a vêem como uma empresa; por uma Escola realmente Pública em que seja possível a partilha e não a competição ridícula e cega.


Queres construir o teu futuro ou preferes que o façam por ti?

2 comentários:

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