O ]movE[ apoia a Lista A (os supostos anti-praxe, logo comunistas) e publica também a sua resposta.
O email da Paula Mendes:
"Caros Colegas,
Venho apelar ao vosso voto no dia 29 de Novembro (5ºFeira)
Existem duas listas opostas, Lista A (constituída na sua maioria por anti-praxes (comunistas)) e a Lista B (representantes das várias faculdades da UTL).
Estas votações tem por objectivo, eleger os três representantes para que possam elaborar, com professores, funcionários e reitor os novos estatutos da UTL. Para isto, é de todo o interesse ter os três lugares preenchidos por alunos que apoiem e defendam os direitos de todos nós.
Para que os três alunos possam pertencer à Lista B, isto é, que não entrem representantes da lista A, a Lista B terá de obter o triplo dos votos.
Para atingirmos este objectivo, apelo ao voto de todos.
Quem tiver amigos ou colegas em outras faculdades pertencentes à UTL, "convença-os" a ir votar na quinta-feira.
As urnas serão colocadas no Pavilhão de Civil, por volta das 9h às 18h.
Todos juntos vamos conseguir algo melhor.
Beijos,
Paula Mendes
Para mais esclarecimentos
Tlm: 917454522
964815420"
A resposta por parte da lista A:
Olá a todas e a todos!
Tal como vocês, recebemos este mail. Mas não directamente da Paula Mendes.
E como a Paula (deduzimos) é bastante desatenta e não teve o cuidado de omitir a vasta lista de mails com quem comunicou, podemos também utilizá-la para comunicar convosco. (Obrigada, Paula!)
De facto, é importante que os estudantes percebam a importância de participar nas decisões de construção das suas Escolas. Neste sentido, é importante que TAMBÉM vão votar no dia 29 de Novembro.
E digo "TAMBÉM" porque a construção da Escola não passa simplesmente por votar e esperar que o resto do mundo avance sozinho. A construção da Escola faz-se de ideias partilhadas, de questões novas, de buscas de coisas que transformam o passado em presente. Mais do que a inércia da cruz no papel dobrado em quatro, é preciso voltar a fazer com que as paredes, as salas e os corredores da Escola sejam espaços construídos por quem dá sentido à Escola: os estudantes, os professores e os funcionários.
E o que tem isto a ver com o RJIES?
O RJIES é a maior transformação no Ensino Superior Público das últimas décadas (curiosamente, as poucas décadas em que existiu Ensino Superior Público). E esta transformação foi feita num tempo record (talvez seja mais uma tentativa bem portuguesa de ter mais uma entrada no livro do Guiness) e por poucas pessoas ilustres do PS.
Mas enquanto os dirigentes das AAEE, que se dizem representar os estudantes, estavam em ENDA's ou a falar com os deputados dos seus partidos, não estavam a comunicar nem a informar os estudantes nas suas escolas.
Os debates que foram surgindo sobre o tema foram, maioritariamente, organizados pelos movimentos de estudantes que foram surgindo em várias faculdades (e não pelos "representantes dos estudantes"). Foram estes movimentos que procuraram partilhar com os estudantes o que é o RJIES e recolheram mais de 5000 assinaturas numa semana para que a lei fosse mais do que um "capricho" do Governo (e não ficaram à espera que alguém se lembrasse e viesse perguntar).
Em muitas universidades não foi discutido o RJIES em nenhuma RGA. Ainda hoje há quem não saiba o que é o RJIES.
Só para terminar, gostavamos de dizer que as coisas só são possíveis quando se faz para que o sejam. E quero dizer com isto que só existe um futuro pré-determinado se desistirmos de fazer o que quer que seja; as escolhas são feitas a cada momento e é a disputa de ideias que transforma (ou não) o passado em presente.
Nós não temos o discurso derrotado de quem não fez tudo o que era possível, nem achamos que temos que minimizar os males. Nós procuramos construir com as pessoas (e não com as elites do poder) um futuro que conquista mais liberdades e não perde as conquistas do passado.
O RJIES é um grande passo para acabar com o Ensino Superior Público. Não fazer tudo para garantir que as gerações futuras tenham acesso ao Ensino Superior é optar pelo caminho das derrotas.
Temos que trabalhar, em conjunto, por uma Escola construída por nós e não por "personalidades externas" que a vêem como uma empresa; por uma Escola realmente Pública em que seja possível a partilha e não a competição ridícula e cega.
Queres construir o teu futuro ou preferes que o façam por ti?
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